Sulcam-se as ruas,sulcam-se os rostos que são de pedra,que as desventuras do tempo amassaram em pedra,escondendo corações carentes de carinho muito.
Que levais aí, escondidos em rolos que já não se usam?São rostos, senhor; são momentos, são fragmentos, é dor, é indiferença.Se calhar alguma ternura, por vezes alguma ternura, sabemos lá nós bem.
É o abandono de quem se deixou abandonar, de quem foi impelido a abandonar.São retalhos de passeios feitos de máquina em punho
Dinis Manuel Alves
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